preloader
A história da Itália nos Jogos Olímpicos

A história da Itália nos Jogos Olímpicos

Os Jogos Olímpicos da Era Moderna são recheados de histórias. E, entre muitas, temos a participação italiana na competição. A Itália participou de todas as Olimpíadas, tanto a de Verão, desde 1896, como a de Inverno, desde 1924.

Nesta história, os italianos conquistaram 577 medalhas, sendo destas, 246 medalhas de ouro. Isso faz do país o sexto de maior sucesso da história olímpica, ficando atrás apenas de EUA, União Soviética/Rússia, Alemanha, Reino Unido e França. Além disso, possui mais 124 medalhas nos Jogos de Inverno.

O Comitê Olímpico Nacional da Itália nasceu em 1908, sendo reconhecido em 1913. E, entre diversos esportes, um dos que mais rendeu medalhas para os italianos foi a esgrima.

Esportes mais premiados

Embed from Getty Images

Como foi falado, nas Olimpíadas, a Itália é o “país da esgrima”. Até os últimos Jogos, no Rio de Janeiro, os italianos levaram 125 medalhas da modalidade, sendo destas 49 de ouro, 43 de prata e 33 de bronze. Depois vem o Ciclismo (59 medalhas: 33 ouro, 16 prata e 9 bronze), e o Atletismo (59 medalhas: 19 ouro, 15 prata e 26 bronze).

Outros esportes que sempre contam com boas participações italianas são o Tiro (42 medalhas), o Boxe (47 medalhas), a Ginástica (30 medalhas, 14 de ouro), o Remo (38 medalhas, 10 de ouro) e o Hipismo (23 medalhas). Tetracampeã de Futebol, ou melhor, de Calcio, tem apenas uma medalha de ouro na modalidade com os homens, tendo conquistado ela em 1936, em Berlim. Possui também outras duas medalhas de bronze, conquistadas em 1928, em Amsterdã, e em 2004, em Atenas. Os italianos já participaram quinze vezes, mas seguem fora dos Jogos. Não participaram em 2012 e 2016, e também não se classificaram para os Jogos em Tóquio, em 2020.

O vôlei, outro esporte tradicional da Itália, embora nunca tenha ganhado medalha de ouro, sempre marca presença nos Jogos. No masculino, foram seis medalhas, sendo três de prata e três de bronze. Os italianos, inclusive, são os atuais vice-campeões Olímpicos, após perderem a final para o Brasil, em 2016.

Os Jogos Olímpicos de Roma

Mas além das medalhas, a Itália já foi sede das Olimpíadas. Foi em 1960, em Roma. Foram os XVII Jogos Olímpicos da Era Moderna, e foram realizados 52 anos após o que seria a primeira visita dos Jogos à Itália. Em 1908, Roma seria a sede, mas por causa de uma erupção do vulcão Vesúvio, os esforços italianos se voltaram para as vítimas, fazendo o país desistir da organização, que foi passada para Londres.

Cidade milenar, e conectada de forma direta com a antiga Grécia, os italianos levaram muita história em suas competições. a Basília de Maxentius foi o local do torneio de levantamento de peso, as Termas de Caracala serviram para as competições de ginástica, e o Arco de Constantino, que presta tributo ao primeiro imperador romano cristão, marcou a chegada da maratona.

Os jogos aconteceram entre 25 de agosto e 11 de setembro, e Roma recebeu 5.348. Para comparação, Tóquio receberá 11 mil atletas para seus jogos. A capital italiana também recebeu 611 mulheres, registrando, assim, a ascensão das mulheres no esporte. Foram 83 países participantes, dos cinco continentes. E também marcou como a primeira edição dos jogos a serem transmitidos ao vivo, por mais de 100 canais de televisão na Europa. E posteriormente, transmitidos em formato video tape nos Estados Unidos, Canadá e Japão.

Medalhas e fatos importantes

A Itália conquistou 36 medalhas em casa. Destas, foram 13 de ouro, 10 de prata e 13 de bronze. O Brasil conquistou duas medalhas de bronze na ocasião, uma com o basquete masculino, e outra com Manuel dos Santos Júnior, na natação 100 metros livre.

Mas os jogos romanos marcaram outros momentos importantes. Abebe Bikila, na época soldado da guarda pessoal do Imperador Haile Selassie, da Etiópia, foi o primeiro negro africano a ganhar medalha de ouro nas Olimpíadas, vencendo a Maratona. Roma também veria o nascimento de um mito: Cassius Clay, que mudaria seu nome para Muhammad Ali e se tornaria o maior pugilista da história, ganhou o ouro no meio-pesado, quando tinha apenas 20 anos.

A União Soviética impressionaria o mundo da ginástica, levando 15 das 16 medalhas possíveis, enquanto a Iugoslávia, após três vices, enfim seria campeã no futebol masculino. E a África do Sul, que sofreria sobre o regime do apartheid, participaria em Roma de seus últimos Jogos, já que a segregação racial foi implementada no país. Eles voltariam a competir apenas em 1992, em Barcelona, quando o regime de segregação foi extinto.

As Olimpíadas voltarão para a Itália em 2026, com os Jogos de Inverno, que serão em Milão. A Itália já havia sido sede dos Jogos de Inverno em outras duas oportunidades: 1956 em Cortina d’Ampezzo, e em 2006, em Turim.

Itália nos Jogos de 2020 em Tóquio

A Itália quase foi banida dos Jogos de 2020. Questões políticas, envolvendo o gerenciamento do comitê olímpico local e o governo, quase renderam ao país a proibição de competir usando a bandeira e hino italianos. Com tudo resolvido, os italianos competirão com mais de 300 atletas, com esperança de medalhas no atletismo, basquete, basquete 3×3, canoagem, ciclismo, golfe e natação. A meta, assim, é ir melhor do que em 2016, quando ficaram em nono no quadro geral de medalhas, quando levaram 28 medalhas, sendo oito de ouro, 12 de prata e oito de bronze.

Copyright © 2020 Diritto di Cittadinanza SRL