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Itália lembra do Holocausto no Dia da Memória

Itália lembra do Holocausto no Dia da Memória

Um capítulo muito duro da história recente da humanidade, o Holocausto foi a “solução final” apresentada por Adolf Hitler em relação ao seu ódio aos judeus, sempre subjugados com políticas primeiro discriminatórias, e depois de extermínio, durante a ascensão do nazismo. Mas, em 27 de janeiro de 1945, após a invasão soviética ao país, os soldados da URSS abriram os portões de Auschwitz, denunciando assim, para todo o mundo, os campos de concentração e extermínio.

O mundo conhecia, assim, o horror do nazismo e toda a dor causada pela política do ódio a judeus e outras etnias. Assim, neste dia, em 27 de janeiro, o mundo se lembra do Holocausto, com o Dia da Memória.

E na Itália não é diferente. Envolvida na Segunda Guerra, a nação também perdeu muitas vidas, especialmente de judeus que viviam no país. O filme A Vida é Bela, que conquistou três Oscars, após direção e atuação magnífica de Roberto Benigni, retrata muito bem esta questão, através de uma ótica italiana.

O Ministério de Relações Exteriores da Itália publicou um tweet com a seguinte frase: “Mantemos viva a memória da Shoah, juntando-nos às comunidades judaicas da Itália e do mundo nas celebrações do Dia da Memória”.

E o Ministro Luigi di Maio escreveu uma carta sobre o dia. “A memória do Holocausto se perpetua através do diálogo entre aqueles que o viveram, foram vítimas dele, e aqueles que apenas o viveram”, disse.

E, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, que restringe a presença de pessoas em determinados locais, a Itália lembrou da data, em cerimônias privadas, ou eventos online.

Em Milão, ocorreu uma cerimônia privada em frente ao hotel Regina, que nos dias de guerra foi sede da SS nazista e da Gestapo. Uma coroa de flores foi deixada no local. Giuseppe Sala contou a história de Violetta Silvera em seu Instagram, italiana deportada e morta em Auschwitz em 1944.

Já em Triste, a cerimônia foi em Risiera di San Sabba, conjunto de edifícios industriais que também funcionaram como campo de concentração nazista, sendo o único que funcionou na Itália. Autoridades participaram da cerimônia. “O Holocausto marcou o destino de um povo. Neste lugar a liberdade foi assassinada”, lembrou o prefeito da cidade, Roberto Dipiazza.

Chamando o Holocausto do evento que “colocou homens contra a humanidade”, o presidente italiano, Sergio Mattarela, também se pronunciou sobre o dia: “Abordamos o tema com emoção e perturbação, com dúvidas e questionamentos não resolvidos. Lembrar expressa um dever de civilidade”, afirmou.

Teatros, filmes e musicais que lembram o acontecimento também serão exibidos, hoje e pelos próximos dias, de forma online. Como o Teatro dell’Opera di Roma, que apresentará por streaming, a estreia mundial de Pandora.

Dados oficiais dizem que só em Auschwitz, mais de um milhão de pessoas foram assassinadas em um intervalo de quase cinco anos. Foi construída como parte da “solução final” nazista aos judeus da Europa. Em 1947, em seu local foi erguido um museu memorial e, em 1979, se tornou local de memória dos sítios de patrimônio da Unesco.

27 de janeiro foi escolhido como o Dia Mundial da Lembrança do Holocausto pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2005. O dia da libertação do campo foi interpretada como a data ideal para lembrar o evento e de suas vítimas.

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